quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Cantinho da Leitura




O conto apresenta um enredo de forma condensada e sintética, centrado em um único conflito.
                                        Apelo
Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho.

Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, até o canário ficou mudo. Não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam. Ficava só, sem o perdão de sua presença, última luz na varanda, a todas as aflições do dia.

Sentia falta da pequena briga pelo sal no tomate — meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa. Calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a Senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor.                           

Dalton Trevisan

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

GREVE

eis um dos motivos da GREVE, olha a situação desses alunos em Tomé-açu
Segue mais dicas da Professora Francinete Celestino para os alunos que vão fazer o ENEM



O poema de Manoel de Barros será utilizado para resolver as questões 1 e 2.

O apanhador de desperdícios
Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras fatigadas de informar.
Dou mais respeito às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim um atraso de nascença.
Eu fui aparelhado para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato
de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.  
(BARROS, Manoel de. O apanhador de desperdícios).           


0    01.  É próprio da poesia de Manoel de Barros valorizar seres e coisas considerados, em geral, de
menor importância no mundo moderno. No poema de Manoel de Barros, essa valorização é expressa por meio da linguagem

(A) denotativa, para evidenciar a oposição entre elementos da natureza e da modernidade.
(B) rebuscada de neologismos que depreciam elementos próprios do mundo moderno.
(C) hiperbólica, para elevar o mundo dos seres insignificantes.
(D) simples, porém expressiva no uso de metáforas para definir o fazer poético do eu lírico
poeta.
(E) referencial, para criticar o instrumentalismo técnico e o pragmatismo da era da informação
digital.
Comentário
A alternativa correta está na letra (d). A linguagem empregada pelo poeta é simples e majestosamente expressiva.  
  
 02. Considerando o papel da arte poética e a leitura do poema de Manoel de Barros, afirma-se que
(A) informática e invencionática são ações que, para o poeta, correlacionam-se: ambas têm o
mesmo valor na sua poesia.
(B) arte é criação e, como tal, consegue dar voz às diversas maneiras que o homem encontra
para dar sentido à própria vida.
(C) a capacidade do ser humano de criar está condicionada aos processos de modernização
tecnológicos.
(D) a invenção poética, para dar sentido ao desperdício, precisou se render às inovações da
informática.
(E) as palavras no cotidiano estão desgastadas, por isso à poesia resta o silêncio da não comunicabilidade.
Comentário
A alternativa correta está na letra (b). O poeta revela através do fazer poético que Arte é uma criação humana, pronta a dar mais sentido à vida. Vivemos melhor, quando buscamos sentido em tudo o que aprendemos e fazemos.

GREVE !

Infelizmente a GREVE continua e nossos alunos parecem não se importar com isso.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013



Caro(a) aluno(a), no intuito de nortear seus estudos e torná-lo (a) bem preparado (a) para o exame do Enem, seguem algumas dicas referentes aos possíveis conteúdos de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias que podem ser abordados, os quais poderão ser encontrados por meio de alguns textos encontrados em evidência.

Seguem duas questões ressaltando as competências TEXTUAIS exigidas pelo Enem.

VERBO SER

Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.         
 Andrade, C.D. Poesia e Prosa
A inquietação existencial do autor com a autoimagem e a sua corporeidade se desdobra em questões existenciais que tem origem
a)      no conflito do padrão corporal imposto contra as convicções de ser autêntico e singular.
b)      na aceitação das imposições da sociedade seguindo a influência dos outros.
c)      na confiança no futuro, ofuscada pelas tradições e culturas familiares.
d)     no anseio de divulgar hábitos enraizados, negligenciados por seus antepassados.
e)      na certeza da exclusão, revelada pela indiferença de seus pares.
Resolução       


Esta questão tem como verdadeira a letra (a).­­­­­­
A angústia com autoimagem corporal tem como raiz o conflito entre um modelo imposto  e as certezas de ser autêntico e único. Uma das passagens que exemplifica esse conflito é “Que é ser? é ter um corpo? um jeito? um nome? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?







A linguagem da tirinha revela:
A- o uso de expressões linguísticas e vocabulário próprios de épocas antigas.
B- o uso de expressões linguísticas inseridas no registro mais formal da língua.
C- o caráter coloquial expresso pelo uso do tempo verbal no segundo quadrinho.
D - o uso de um vocabulário específico para situações comunicativas de emergência.
E- a intenção comunicativa dos personagens: a de estabelecer a hierarquia entre eles.

A presente questão tem como verdadeira a alternativa “c”, que retrata a linguagem informal utilizada no quadrinho.

Encerramento do Mais Educação 2010

TORNEIO DE XADREZ 2010

Carimbó no ZVD

Anos 60 na escola Z.V.D

Apresentação de Dança

+ educação

Calendário Escolar do 2º semestre

#DEZEMBRO:

16 – Passeio para os alunos vencedores da Gincana 2009 (local SESC)

18 - Confraternização Geral do Z.V.D - Local AABB às 19:00h