Resgatando um Texto de "Coletânea Literária", Que está à disposição na Feira do Livro deste ano!
Lembranças de um
passado bom
Nos meus tempos de criança, as
cidades eram calmas, tranquilas, não existiam muitos habitantes e, acima de
tudo isso, eram seguras.
Todos se respeitavam, as palavras bom
dia, por favor, obrigada e outras, não deixavam de estar no cotidiano das
pessoas. Lembro que os homens acordavam cedo, uns iam para roça e as mulheres
acordavam cedo também, faziam o café e saiam umas para ajudar o marido, outras
para trabalhar com artesanato, umas eram donas de casa. As crianças iam ao
colégio e ajudavam os pais em casa e no trabalho.
Quando chegavam os finais de semana, saíamos
à noite; sábado, sentávamos na beira do rio para esperar o navio chegar. Nas
manhãs de domingo, íamos à igreja.
As crianças gostavam de brincar à
tarde de roda, de pira-pega, de amarelinha e outras brincadeiras. Também
gostávamos de subir em árvores para pegar manga.
Às dez horas da noite, a luz era
suspensa e só voltava ao amanhecer do outro dia.
Não existia
carro. Para sair de casa, íamos de carroça. Hoje as coisas não são mais as
mesmas. As pessoas não têm mais tempo para conversar, as crianças não brincam
mais, e não escutamos mais o som da natureza, só o barulho do trânsito. Com a
chegada da tecnologia, as pessoas começaram a não ter mais tempo e as crianças
só gostam de brincar em casa com os aparelhos que a tecnologia criou. Tenho
lembranças de um passado bom!
Autora: Ariane Helena Coelho Raiol
Entrevistada: Helena Lúcia Farias
Miranda – 51 anos
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